Sir Charles Spencer Chaplin (Londres, 16 de julho de 1889 - Corsier-sur-Vevey, 25 de dezembro de 1977) foi resumindo um gênio de sua época, ator, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico, tornou-se mundialmente conhecido graças à sua personagem mais famosa, The Tramp.

Sem dúvida, um dos atores mais famosos e brilhantes da era do cinema mudo, destacando-se pelo uso da mímica e o desenvolvimento da comédia no estilo pastelão (vide a máquina de comer em
Modern Times).
Chaplin é considerado um dos grandes ícones do cinema mudo e um dos mais completos artistas de todos os tempos, conseguia arrancar de seu público a emoção desejada, com sua linguagem corporal e olhar. Em seus filmes ele nos fez chorar, rir e emocionar, uma coisa é certa, a arte era uma característica de nascença nele, pois aos 5 anos já fazia suas apresentações nos palcos.

Chaplin foi a mente criativa que desenvolveu uma das personagens mais carismática e mundialmente conhecidas
The Tramp (Carlitos em português), com as 4 características mais reconhecidas do mundo: O bigode, sapatos grandes, bengala e o chapéu-coco, além do olhar melancólico e andar peculiar.
Através dessa personagem, Chaplin fazia sátiras e denúncias sobre as injustiças cometidas contra as minorias, a personagem assim como seu criador, demonstrava uma postura inconformada com a resignação da sociedade.
Embora, sem o uso de palavras, Chaplin emprestava sua voz silenciosa ao The Tramp, ele produziu, dirigiu e atuou em seus filmes, pontos que davam credibilidade às produções, mas em contrapartida renderam-lhe sua fama de anarquista, comunista e subversivo.
Ao contrário disso, ele não tinha a política como vocação, e sim, o interesse em apresentar sua arte da melhor forma possível, e com liberdade de expressão.
“Não sou política; sou principalmente um individualista. Creio na liberdade; nisso se resume a minha política… Sou pelos homens; essa é a minha natureza.”
“Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair, a imaginação.”
Charles Chaplin
No natal de 1977, aos 88 anos Chaplin parte para o mundo espiritual, deixando uma legado incalculável à humanidade e aos próximos cineastas. Chaplin fez do cinema mudo sua marca registrada, em sua época conquistou o amor e o ódio de muitos devido ao seu brilhantismo.
Chaplin representou a intensidade em sua vida, em seu trabalho, demonstrando a forte eloquência do gesto e olhar, ou melhor dizendo, a eloquência no silêncio.
United Artists
Ele foi um dos co-fundadores da United Artists em 1919, empresa de distribuição de filmes com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e DW Griffith, visando separar-se do poder dos distribuidores de filmes e financeiros no desenvolvimento do sistema conforme os estúdios de Hollywood.
D.W. Griffith, Mary Pickford, Charlie Chaplin (sentado) e Douglas Fairbanks na assinatura do contrato do estúdio United Artists em 1919. Advogados Albert Banzhaf (esquerda) e Dennis F. O'Brien (direita) estão em segundo plano.
Fez diversos filmes, entre eles destaco: The Kid (1921), City Lights (1931), Modern Times (1936), The Great Dictator (1940), Limelight (1952), entre muitos outros.
Anos depois teve toda a sua EXCELÊNCIA reconhecida, e o melhor, ainda em vida ele teve todo o seu LINDO trabalho reconhecido. Eis uma das cenas mais lindas na entrega do Oscar em 1972.
44th Annual Academy Awards®–Concordo com o apresentador quando diz: “O tempo é o melhor e eterno amigo de Chaplin”.
Ele foi um dos artistas que mais contribuiu para o desenvolvimento da Sétima Arte, é o cineasta mais homenageado de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, com o Oscar Especial pelo conjunto da obra (1972).
Curiosidade: O ator que fez a personagem título do filme The Kid, Jackie Coogan, atuou na década de 60 no seriado The Addams Family, uncle Fester.
Fontes:
- http://en.wikipedia.org/wiki/Charlie_Chaplin
- Pancron News 2009. ano 15. n. 34